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20 de Abril de 2024

Imóvel novo ou usado, qual é o melhor para comprar?

O crescimento da economia, aliado aos programas públicos de incentivo ao setor imobiliário, tem influenciado no aumento das vendas de imóveis. Esse cenário vem apresentando reflexos no número de financiamentos e impulsionado as vendas de imóveis novos. Ainda assim, o mercado de usados não registra quedas e garante seu espaço no mercado

Publicado por Bernardo César Coura
há 9 anos

Para quem está à procura da casa própria, a dúvida entre escolher um imóvel novo ou um usado pode persistir. Afinal, o que vale a pena? Como toda a escolha, essa envolve fatores econômicos, pessoais e até emocionais. “Escolher entre um imóvel novo e um usado é como escolher entre um carro novo e um usado: existem muitos fatores por trás disso”, afirma o vice-presidente de Comercialização e Marketing do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), Elbio Fernández Nera.

Considerando os pontos objetivos, contudo, é possível traçar um perfil desses dois tipos de imóveis para ajudar os mais indecisos nessa difícil escolha. Para muitos, o preço é um fator determinante para a escolha. “Um imóvel usado pode ser até 50% mais barato que um novo localizado no mesmo bairro”, calcula o presidente do Creci/SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo, José Augusto Viana Neto.

Gastos com manutenção

O valor do imóvel pode ser determinante, mas não deve ser o único fator a ser considerado por quem está a procura da casa própria. Se os gastos são importantes, aqueles destinados à manutenção devem ser levados em conta. Por isso, aquele que escolher um imóvel novo deve adotar cuidados. “Um imóvel novo só começa a ter manutenção após três anos de uso”, afirma Viana. “Depois, os gastos são os mesmos de qualquer imóvel”, lembra.

Isso significa que, no fim das contas, a economia com manutenção que o comprador tem com o imóvel novo não é tão grande assim para determinar a escolha. Principalmente se for levado em conta que existem imóveis usados em ótimas condições, que não requerem tantos gastos com manutenção.

Por outro lado, aqueles que escolherem imóveis usados podem ter surpresas e acabar gastando com reformas. “Na maioria das vezes, vale a pena reformar”, afirma Viana. “Porque você personaliza o imóvel a seu gosto”. Por outro lado, o que parece uma vantagem pode trazer prejuízos, se a reforma não for bem avaliada.

Por isso, ao optar por um usado, o futuro proprietário deve fazer uma vistoria completa. “Tem de olhar atentamente o estado de conservação desse imóvel”, considera Nera. “É muito importante ficar atento à umidade nas paredes, elas denunciam problemas com vazamento, e a parte elétrica do imóvel”, afirma Viana.

Possíveis vantagens e desvantagens

Deixando o bolso um pouco de lado e atentando às conveniências que cada tipo de imóvel pode oferecer, os especialistas ouvidos apontaram algumas diferenças entre os imóveis novos e usados. “Os imóveis novos são mais modernos e possuem espaços sociais maiores, além da segurança e tecnologia”, afirma Nera, referindo-se aos apartamentos. "Por outro lado, os imóveis usados geralmente são maiores”, completa.

Além disso, o perfil do comprador determina a escolha, como acrescenta Viana:

• Famílias com crianças: “para esse tipo de família, o ideal são os imóveis novos em condomínios, porque existe a necessidade de lazer, que é oferecido por esse tipo de imóvel”, afirma o presidente do Creci-SP.

• Casal em início de carreira e famílias em formação: “nesses casos, o ideal são imóveis usados em boas condições, porque eles são mais baratos e esse tipo de perfil não tem necessidade de tantos equipamentos de lazer. Com isso, eles têm despesas menores”, diz.

• Idosos: “também para eles o ideal são imóveis usados, por causa dos custos, que são menores. Nesses casos, eles devem privilegiar condomínios pequenos e de preferência de casas”, ressalta.

Está tudo decidido

Após a escolha, as diferenças não persistem tanto. O processo de compra de um imóvel novo é praticamente o mesmo de um usado. “No caso dos imóveis novos, a preocupação que a pessoa deve ter é com relação ao histórico da incorporadora e da construtora”, lembra Viana.

Na compra de um imóvel novo, as empresas devem apresentar uma série de documentos que comprovem a boa saúde jurídica e financeira delas que permitam a entrega do imóvel. Viana explica que, no caso dos imóveis usados, esses documentos devem ser apresentados pela pessoa física proprietária do bem.

No que se refere aos financiamentos, também há certas diferenças. No caso dos usados, muitas vezes, é exigida uma entrada de, no mínimo, 20% do valor total. Contudo, esse cenário está em mudanças. “Hoje, os financiamentos que existem para imóveis novos existem para imóveis usados”, afirma Nera.

Fonte: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=33&Cod=1516

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/imovel-novo-ou-usado-qual-e-o-melhor-para-comprar/177006288

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Dr. Bernardo,

Estou comprando um imóvel novo já pronto para morar, pelo Programa minha Casa, Minha Vida. A proposta de venda que aceitei preço de certo de R$ 143.500,00 e pagar com financiamento do programa. Não concordei com o contrato promessa de compra e venda enviado depois da oferta, que surpreendeu (nada haviam dito) que eu perderia 30% do que entregasse de sinal, obrigação pagar com outro financiamento ou recursos próprios e tb todos os encargos sobre o imóvel desde assinatura. Em reunião com a vendedora deixou eu tentar primeiro o financiamento. Depois que assinei a pré-aprovação do financiamento MCMV mandaram outro contrato promessa compra e venda, com efeitos retroativos (a 1º de março 2015), atualização do preço imóvel pronto para morar, sendo avaliado recente por 140.000,00 pela Caixa Econômica e ainda encargos do imóvel a partir da assinatura, que é retroativa à 1º de março 2015. E também coloca como minha obrigação de pagar a prestação referente financiamento em 30/05/2015, isso é claro com atualização retroativa e penalidade para rescisão. Esta data não depende só de mim assinar o financiamento, mas tb da vendedora, porque é responsa´vel para efetuar o registro, há cláusula que é à ela que providenciará o registro e eu pago as despesas do cartório à ela.

Estamos nesse impasse: eu não quero assinar isso, não é o que me prometeram/ofertaram e o que aceitei.

O que posso fazer?

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